O local onde agora funciona esta oficina era mais um espaço em ruínas, na aldeia, que foi objeto de restauro e adaptação graças ao apoio do Grupo de Amigos, Fundação V e Fundação Manuel António da Mota. Está em funcionamento desde 0utubro de 2012.
Nele tratamos e trabalhamos a lã de ovelha, o papel reciclado e a cera de abelha (produtos endógenos da região). Tem uma ambiência privilegiada para o trabalho de grupos reduzidos, com necessidades e abordagens terapêuticas específicas e intimistas. Todos estes materiais nobres são tratados através de ciclos, de uma forma sequencial e terapêutica, permitindo assim a cada companheiro ir vencendo desafios pessoais, integrar o todo e ganhar competências.
A natureza que nos rodeia (animal, vegetal e mineral) é nossa aliada, nela encontramos muito do material de apoio que utilizamos neste trabalho. Queremos criar e transformar, de mãos dadas com a natureza que nos circunda.
Temos assim todos os ingredientes para nos entregarmos ao trabalho com entusiasmo e fazer de cada dia, um dia de valer a pena.
A lã das nossas ovelhas
nós lavamos, nós limpamos
e alindamos, com cores e fantasia:
são painéis e luas, chapéus e anjos,
fios que tecemos, trabalhos que fazemos
com alegria.
E o velho papel que reciclamos?!
Amassamo-lo com água, com flores…
Damos-lhe nova forma, nova vida
Entregamo-lo aos outros
com amor.
Com a cera das abelhas
que tem cheiro a rosmaninho
e fica depois do mel,
numa roda, bem juntinhos,
fazemos velas de luz
para iluminar o Natal.
Maria José Dinis da Fonseca – março 2017