É uma atividade terapêutica, artística e sensorial, que exige a visão e a fala para descrever o que vemos e o tato para a entendimento da textura e da forma.
Antes do primeiro contato com o barro, os companheiros são conduzidos a observar o mundo ao seu redor, as plantas, os animais, os objetos, as formas que o mundo tem, por todo lado existem retas e curvas combinadas, lado a lado, criando infinitas possibilidades de forma. Saber o quanto de força, a precisão, a memória, a concentração, a maleabilidade, a velocidade dos movimentos, a direção dos dedos, a inclinação do corpo, todas elas são habilidades estimuladas neste atelier.
As aprendizagens ajudam os companheiros a controlarem as suas emoções, a aprimorarem os seus movimentos e a construírem o seu EU.
Só depois destas aquisições é que treinamos os companheiros para a criatividade e descoberta das formas, através da transformação do barro em objetos utilitários ou decorativos.
Amassamos a terra, que se chama barro
E docemente, com ritmo e calma
Criamos-lhe forma,
Primeiro redonda, até ficar quente
E aconchegada pelas nossas mãos,
Depois recriada por dentro e por fora
E bem trabalhada
E outra vez olhada com olhos de ver;
É uma obra de arte!
E depois de afinada e a seguir cozida, sorri esperançada
Que alguém a abrace e a queira ter
Maria José Dinis da Fonseca